A ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA NAS PEQUENAS E MÉDIAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS

Autores

  • Diogo Martins Gonçalves de Morais Faculdade de Tecnologia Termomecanica
  • Júlio Francisco Blumetti Facó Universidade Federal do ABC
  • Maria do Carmo Romeiro Universidade Municipal de São Caetano do Sul
  • Fernando Gasi Universidade Federal do ABC
  • Danilo Martins do Nascimento Universidade Federal do ABC

DOI:

https://doi.org/10.24325/issn.2446-5763.v6i16p36-68

Palavras-chave:

orientação empreendedora, instituições de ensino de pequeno e médio porte, coeficiente de validade de conteúdo, análise fatorial exploratória

Resumo

O presente estudo tem o objetivo de propor e validar uma escala de conceito para a medição da Orientação Empreendedora no ambiente das Instituições de Ensino Superior privadas de pequeno e médio porte, sob a ótica da discussão de modelos organizacionais. Trata-se de uma pesquisa empírica de natureza descritiva-quantitativa, iniciada pela revisão da literatura para a identificação dos indicadores utilizados na operacionalização da Orientação Empreendedora. Desta forma, emergiu a proposta de uma escala de mensuração do Orientação Empreendedora, que foi validada por meio de um processo que envolveu o uso do coeficiente de validade de conteúdo em uma avaliação de juízes, pré-teste e análise estatística de consistência interna e validade discriminante, a partir de levantamento junto à uma amostra probabilística de 161 diretores de PMIES privadas do Estado de São Paulo. Todos os dados foram submetidos à análise fatorial exploratória, o que proporcionou adequações e por fim, a validação da escala, que se tornou um modelo de mensuração da Orientação Empreendedora, consolidada como um construto constituído por três dimensões, a saber: inovatividade (α = 0,55), proatividade (α = 0,85) e assunção ao risco (α = 0,78), operacionalizadas por seis variáveis, que são apresentadas neste artigo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Júlio Francisco Blumetti Facó, Universidade Federal do ABC

Possui graduação em Engenharia pelo Instituto Mauá de Tecnologia (1999), pós-graduação em Marketing pela ESPM (2002), Mestrado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (2006) e Doutorado em Administração de Empresas com ênfase em Inovação em Cadeia de Suprimentos e Operações pela Fundação Getúlio Vargas - SP (2009). Atualmente é professor associado na UFABC (Universidade Federal do ABC) vinculado aos Programas de Graduação em Engenharia de Gestão e Pós-Graduação em Engenharia e Gestão da Inovação. Tem experiência e atuação nas áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão além de coordenar e ter participado de diversos projetos de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico, de extensão e de inovação em organizações públicas e privadas. Suas principais áreas de atuação são: Inovação & Capacidade de Inovação Organizacional; Estudos da Competitividade das Organizações; Políticas Públicas para Promoção da Inovação; Desenvolvimento de novos produtos e serviços; Operations e Supply Chain Management; Estratégias de Gestão Ambiental.

Maria do Carmo Romeiro, Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (1978), mestrado em Administração pela Universidade de São Paulo (1996) e doutorado em Administração pela Universidade de São Paulo (2006). Atualmente é professor da graduação da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, pró-reitora de pós graduação e pesquisa da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, professor titular da Universidade Municipal de São Caetano do Sul e professor do programa de pós graduação em Administração ?Mestrado e Doutorado da Universidade Municipal de São Caetano do Sul com experiência na área de Administração, tendo a ênfase de produção bibliográfica em Mercadologia, atuando principalmente nos temas comportamento do consumidor ambientalmente favorável, Microcrédito e Desempenho Organizacional, Análise Multivariada de Dados e Produção Técnica com ênfase em Desenvolvimento de Procedimentos Metodológicos de Pesquisa Aplicada e Elaboração de Diagnósticos Setorial e de Desenvolvimento local/regional. Atua também no Programa de Pós-graduação em Educação ? Mestrado Profissional de Gestão e Docência Educacional.

Fernando Gasi, Universidade Federal do ABC

Graduado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia Industrial e doutorado em Engenharia Química pela UNICAMP.
Atualmente leciona no curso de Engenharia de Gestão da UFABC, onde também atua em projetos de extensão e é orientador de trabalhos de pesquisa. Atuou profissionalmente em organizações privadas, nas áreas de Gestão da Produção, Engenharia de Processos e Desenvolvimento de Produtos, Ciclo de Vida de Produto.
Atua como professor colaborador no Mestrado em Energia na UFABC, onde leciona a disciplina Planejamento Experimental.
Linhas de pesquisa: Ciclo de Vida de Produto, Planejamento de Experimentos, Engenharia do Produto, Tecnologia de Plasma, Modelagem e Simulação (Solidworks).
Membro do grupo de pesquisa sobre: Tecnologia de Plasma EM PARCERIA COM INSTITUTO TECNOLÓGICO DA AERONÁUTICA (ITA), com projeto aprovado junto a FAPESP.

Danilo Martins do Nascimento, Universidade Federal do ABC

Mestrando em Engenharia e Gestão da Inovação, Bacharel em Ciência e Tencologia e estudante de Engenharia de Gestão.

Referências

ABMES - Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino superior. Diagnóstico das pequenas e médias instituições de Ensino Superior privadas no Brasil: indicações para melhoria da competitividade. Estudos: Revista da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, ano 29, n. 41, 2014.

AGRAWAL, A. University-to-industry knowledge transfer: literature review and unanswered question. International Journal of Management Reviews, v. 3, n. 4, p. 285-302, 2001.

BATHELT, H., KOGLER, D.F., MUNRO, A.K. A knowledge-based typology of university spin-offs in the context of regional economic development. Technovation, v.30, n. 9/10, p. 519-532, 2010.

BOX, R.C. Running government like a business: implications for public administration theory and practice. American Review of Public Administration, v. 29, n. 1, p. 19-43, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Censo da educação superior. Brasília, DF: Inep, 2013. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br>. Acesso em 10/09/2014.

COVIN, J. G.; GREEN, K. M.; SLEVIN, D. P. Strategic process effects on the entrepreneurial orientation - sales growth rate relationship. Entrepreneurship: Theory and Practice, v. 30, n. 1, p. 57-82, jan. 2006.

COVIN, J. G.; SLEVIN, D. P. A conceptual model of entrepreneurship as firm behavior. Entrepreneurship: Theory & Practice, v. 16, n. 1, p. 7-25, Fall 1991.

COVIN, J. G.; SLEVIN, D. P. Strategic management of small fi rms in hostile and benign environments. Strategic Management Journal, v. 10, n. 1, p. 75-87, jan./fev., 1989.

DESHPANDÉ, R.; FARLEY, J. U. Measuring market orientation. Generalization and Synthesis. Journal of Market-Focused Management, v. 2, 1998.

DESS, G. G.; LUMPKIN, G. T. The role of entrepreneurial orientation in stimulating effective corporate entrepreneurship. The Academy of Management Executive, v. 19, n. 1, p. 147-156, fev. 2005.

FERNANDES, D. V. D. H.; SANTOS, C. P. Orientação Empreendedora: Um Estudo sobre as Consequências do Empreendedorismo nas Organizações. RAE-eletrônica, v. 7, n. 1, jan./jun. 2008.

GARSON, G. D. Testing of assumption from Statnotes: topics in multivariate analysis. Disponível em http://www2.chass.ncsu.edu/garson/PA765.statnote.html, 2014.

GRÉGOIRE, D. A.; NÖEL, M. X.; DÉRY, R.; BÉCHARD, J.P. Is there conceptual convergence in entrepreneurship research? A co-citation analysis of frontiers of entrepreneurship research 1981-2004. Entrepreneurship: Theory & Practice, v. 30, n. 3, p. 337-373, mai. 2006.

HAIR, J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C.; BABIN, B. J. Análise Multivariada de Dados. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.

HERNANDEZ, M.; WATKINS, K. E. Translation, validation and adaptation of the Spanish version of the modified dimensions of the learning organization questionnaire. Human Resource Development International, v. 6, n. 2, p. 187-197, 2002.

HOYE, K., PRIES, F. Repeat commercializers, the “habitual entrepreneurs” of university-industry technology transfer. Technovation, v.29, n.10, p. 682-689, 2009.

HUSSLER, C., PICARD, F., TANG, M.F. Taking the ivory from the tower to coat the economic world: regional strategies to make science useful. Technovation, v. 30, n. 9/10, p. 508-518, 2010.

JOHNSON, W.H.A. Roles, resources and benefits of intermediate organizations supporting triple helix collaborative R&D: the case of Precarn. Technovation, v. 28, n. 8, p. 495-505, 2008.

LUMPKIN, G. T.; DESS, G. G. Clarifying the entrepreneurial orientation construct and linking it to performance. The Academic of Management Review, v. 21, n. 1, p. 135-172, jan. 1996.

MARTENS, C. D. P; FREITAS, H. Empreendedorismo no nível organizacional: um modelo conceitual para estudo da orientação empreendedora, suas dimensões e elementos. Revista Adm. MADE, v. 11, p. 15-44, 2007.

MELLO, S. C. B.; PAIVA JR, F. G.; SOUZA NETO, A. F.; LUBI, L. H. O. Maturidade empreendedora e expertise em compasso de inovação e risco: um estudo em empresas de base tecnológica. In: Encontro da ANPAD, 28, 2004, Curitiba. Anais... Curitiba: ANPAD, 2004.1 CD-ROM.

MESSEGHEM, K. Strategic Entrepreneurship and Managerial Activities in SMEs. International Small Business Journal, v. 21, n. 2, p. 197-212, mai. 2003.

MILLER, D. The correlates of entrepreneurship in three types of firms. Management Science, v. 27, n. 7, p. 770-791, Jul. 1983.

MORRIS, M. H.; LEWIS, P. S.; SEXTON, D. L. Reconceptualizing entrepreneuriship: an input-output perspective. SAM Advanced Management Journal, v. 59, n. 1, p. 21-31, 1994.

MORRIS, M.H., PAUL, G.W. The relationship between entrepreneurship and marketing in established firms. Journal of Business Venturing, v. 2, n. 3, p. 247–260, 1987.

NARVER, J.C.; SLATER, S.F.; MACLACHLAN, D.L.Responsive and proactive market orientation and new product success. Journal of Product Innovation Management, v.21, n.5, p. 334-347, 2004.

NEDER, H.D. Amostragem em Pesquisas socioeconômicas. Campinas: editora Alínea, 2008.

PRODAN, I., DRNOVSEK, M. Conceptualizing academic-entrepreneurial intentions: an empirical test. Technovation, v. 30, n. 5/6, p. 332-347, 2010.

REIS NETO, J. F.; GALLEGO, P. A. M.; SOUZA, C. C.; RODRIGUES, W. O. P. O Papel da Orientação Empreendedora no Relacionamento entre Orientação para o Mercado e Desempenho Empresarial: Evidências das Pequenas Empresas do Comércio. REAd. v. 74, n. 1, p. 115-138, jan/abr. 2013.

RICHARD, O. C.; BARNETT, T.; DWYER, S.; CHADWICK, K. Cultural diversity in management, firm performance, and the moderating role of entrepreneurial orientation dimensions. Academy of Management Journal, v. 47, n. 2, p. 255-266, Abr. 2004.

SCHILDT, H. A.; ZAHRA, S. A.; SILLANPÄÄ, A. Scholarly communities in entrepreneurship research: a co-citation analysis. Entrepreneurship: Theory & Practice, v. 30, n. 3, p. 399-415, mai. 2006.

STEVENS, J. P. Applied multivariate for the social sciences. 3 ed. Lawrence Erlbaum.Mahwah, NJ, 1996.

TABACHNICK, B. G.; FIDELL, L. S. Using multivariate statistics. 5. ed. New York: Harper Collins, 2005.

WIKLUND, J.; SHEPHERD, D. Entrepreneurial orientation and small business performance: a configurational approach. Journal of Business Venturing, v. 20, n. 1, p. 71-91, jan. 2005.

WIKLUND, J. The sustainability of the entrepreneurial orientation-performance relationship. Entrepreneurship: Theory & Practice, v. 24, n. 1, p. 37-48, 1999.

ZAHRA, S. A.; COVIN, J. G. Contextual influences on the corporate entrepreneurship – performance relationship: a longitudinal analysis. Journal of Business Venturing, v. 10, n. 1, p. 43-58, jan. 1995.

Downloads

Publicado

2020-04-10

Como Citar

Morais, D. M. G. de, Facó, J. F. B., Romeiro, M. do C., Gasi, F., & Nascimento, D. M. do. (2020). A ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA NAS PEQUENAS E MÉDIAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS. South American Development Society Journal, 6(16), 36. https://doi.org/10.24325/issn.2446-5763.v6i16p36-68

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

> >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.