INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA NA EDUCAÇÃO E PESQUISA
REFLEXÕES SOBRE O GUIA DA UNESCO
DOI:
https://doi.org/10.24325/issn.2446-5763.v10i30p422-435Palavras-chave:
Inteligência Artificial Generativa, Políticas Públicas, UNESCO, Dimensão ÉticaResumo
O uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TIDIC´s) têm se mostrado prática recorrente na Sociedade do Conhecimento, em muitos casos sem a devida reflexão sobre as implicações desse uso. A IA está determinando mais que os avanços técnicos, ela tem transformado a forma como se ensina, estuda e, talvez, aprende. Mas será que as mudanças trazem implicações significativas e qualitativas? O presente artigo procurou responder a pergunta: qual contribuição os órgãos definidores de políticas públicas mundiais têm feito em relação ao uso de IAGen? Esta pergunta gerou o objetivo final: avaliar as recomendações do “Guia para Inteligência Artificial Generativa na educação e pesquisa”, elaborado pela UNESCO (2024). A temática justificou-se diante da necessidade de se refletir sobre o uso e as implicações práticas do uso da IAGen na educação e na pesquisa a partir de discussões realizadas no Grupo de Pesquisa em Educação Superior, Tecnologia e Inovação e IA (GPESTI- IA). Os procedimentos metodológicos compreenderam o levantamento bibliográfico e análise documental, com abordagem qualitativa. Observou-se que as recomendações do documento são pertinentes, porém, somente a regulação não será eficaz, afinal, ações relativas ao uso da IAGen na educação e na pesquisa necessitarão constantemente de monitoramento e avaliação de sua eficácia.
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