PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO: FATORES COMPORTAMENTAIS
DOI:
https://doi.org/10.24325/issn.2446-5763.v8i24p257-301Palavras-chave:
Tomada de decisão, fatores comportamentais, racionalidade estratégica, modelos mentais, empreendedorismoResumo
Objetivo deste artigo é analisar os fatores comportamentais relevantes, dos gestores e empreendedores, envolvidos nas tomadas de decisões em MPEs. A tomada de decisões é um processo cognitivo, que é resultado da uma seleção de uma opção, dentre várias alternativas, amplamente utilizada para incluir preferência, inferência, classificação e julgamento, quer consciente ou inconsciente. Existem duas principais teorias: A racional e a não racionais, variando entre si em diversas dimensões. As árvores de decisão foram propostas para que o decisor seja capaz de selecionar a melhor opção, o decisor fica apto a computorizar a utilidade esperada para cada uma das alternativas, bastando para isso determinar todas as opções possíveis para uma determinada alternativa, a probabilidade e a utilidade para cada uma das opções. O processo decisório permeia esforços e tempos necessários, assumindo riscos financeiros, sociais e psicológicos, e recebendo recompensas de satisfação pessoal e econômica como resultado de sua ação. Nesse sentido a racionalidade desempenha um importante papel na capacidade das pessoas construírem a realidade, se autorregularem, codificar informações e executar comportamentos. Sua importância é vital uma vez que a capacidade e velocidade das decisões impactam nos novos empreendimentos drasticamente, além da estrutura competitiva de mercado e demais fatores externos, as organizações também estão expostas às influências internas. Dentre estas influências, destaca-se a interferência dos modelos mentais dos empreendedores, como guia propulsor da performance das organizações. Das teorias existentes, Le Boterf (2003) denota que os modelos mentais podem auxiliar na construção das características para facilitar a dinâmica decisorial estratégica da mudança e da inovação.
Downloads
Referências
BESANKO, D. et al. A economia da estratégia. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
BOEMER, M. R. A condução de estudos segundo a metodologia de investigação fenomenológica. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 2, n. 1, p. 83-94, jan. 1994.
BUCHANAN, L.; O´CONNELL, A. A brief history of decision making. Harvard Business Review, 2006. 84 (1), p.32.
CHAPMAN, J. A.; FERFOLJA, T. Fatal flaws: the acquisition of imperfect mental models and their use in hazardous situations. Journal of Intellectual Capital, v. 2, n. 4, p. 398-409, 2001.
CHERMACK, T. J. Mental models in decision making and implications for human resource development. Advances in Developing Human Resources, v. 5, n. 4, p. 408-422, 2003.
CLIFT, R.; SIM, S.; KING, H.; CHENOWETH, J.; L. CHRISTIE, I.; CLAVREUL, J.; MUELLER, C.; POSTHUMA, L.; BOULAY, A.-M.; CHAPLIN-KRAMER, R.; CHATTERTON, J.; DECLERK, F.; DRUKMAN, A.; FRANCE, C.; FRANCO, A.; GERTER, D.; GOEDKOOP, M.; HAUSCHILD, M. Z.; HUIJBREGGTS, M. A. J.; KOELLNER, T. The Challenges of Applying Planetary Boundaries as a Basis for Strategic Decision-Making in Companies with Global Supply Chains. Sustainability. feb.2017, Vol. 9 Issue 2, p279. 23p. Basel, Switzerland , 2017. Disponível em: http://web.a.ebscohost.com/ehost/detail/detail?vid=13&sid=03ad977d-6d5c-4cb4-8434-0318b26681e3%40sdc-v-sessmgr02&bdata=Jmxhbmc9cHQtYnImc2l0ZT1laG9zdC1saXZl#AN=121438362&db=fsr. Acesso em 27.12.2020.
DAMÁSIO, A. R. O Erro de Descartes: Emoção, Razão e o Cérebro Humano. Título original: Descartes’ Error Emotion, Reason, and the Human Brain, 1994. 4ª reimpressão. São Paulo: Editora Schwarcz S.A., 2018.
DAVEL, E.; ROLLAND, D.; TREMBLAY, D.-G. A nova distribuição de responsabilidades na organização do trabalho em equipe em Quebec. In: III CONGRESO LATINOAMERICANO DE SOCIOLOGÍA DEL TRABAJO (2000: Buenos Aires). Anales. Buenos Aires, 2001.
DEAN, J. W. Jr.; SHAFMAN, M. P. Does Decision Process Matter? A Study of Strategic Decision-Making Effectiveness. The Academy of Management Journal. Vol. 39, No. 2 (Apr., 1996), pp. 368-396.
DE TONI, D. et al. As dimensões dos modelos mentais dos empreendedores e seus impactos sobre o desempenho organizacional. READ - Revista Eletrônica de Administração, vol. 20, núm. 3, septiembre - diciembre, 2014, pp. 713-739. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=401137011005 Acesso: 17.julho.18.
DIAS, D. T. A. et al. A relação entre os modelos mentais dos empreendedores e o desempenho organizacional: um estudo exploratório connexio. Revista Científica da Escola de Gestão e Negócios, ano 4, edição especial - issn 2236-8760. UP - Universidade Potiguar, Universidade de Caxias do Sul, Brasil. 2015. Disponível em:
https://repositorio.unp.br/index.php/connexio/article/view/778 Acesso: 24.julho.18.
DIMOV, D. Gappling With the Unbearable Elusiveness of Entrepreneurial Opportunities. Entrepreneurship Theory and Practice, jan. 2011.
DORNELAS, J. C. Transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
DRUCKER, P. A decisão eficaz. In: Processo decisório. Os melhores artigos da Harvard Business Review. Rio de Janeiro: Elsevier, p .79, 2006.
EISENHARDT, K. Making fast strategic decisions in high-velocity environments. Academy of Management Journal, v. 32, n. 3, p. 543-576, september, 1989.
EISENHARDT, K.; ZBACKARI, M. J. Strategic decision making. Strategic Management Journal, v. 13, p. 17-37, Winter 1992.
ELSTER, J. Emotions and Economic Theory. Journal of Economic Literature, v. 36, p. 47-74, mar. 1998.
ELSTER, J. Reason and Rationality. New Jersey: Princeton University Press, 2009.
FREITAS, H. et al. Informação e decisão: sistemas de apoio e seu impacto. Porto Alegre: Ortiz, 1997. Processo de tomada de decisão instantânea e o papel da intuição. Escritos Contables y de Administración, v. 4, p. 13-41, 2014.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,2010.
GIGERENZER, G.; GOLDSTEIN, D. G. Reasoning the Fast and Frugal Way: Models of Bounded Rationality. Psychological Review, v. 103, n. 4, p. 650-669, 1996.
GOLEMAN, D.; BOYATZIS, R.; McKEE, A. Os Novos Líderes – A Inteligência Emocional nas Organizações. 3ª ed., Gradiva, 2007.
HANIF, S.; AHSAN, A.; WISE, G. Icebergs of Expertise-Based Leadership: The Role of Expert Leaders in Public Administration. Sustainability. Vol. 12, Ed. 11, Basel, Switzerland. (2020). Disponível em:
https://www.proquest.com/scholarly-journals/icebergs-expertise-based-leadership-role-expert/docview/2410068897/se-2?accountid=34749. Acesso em 27.12.2020.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P., e SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
KAHNEMAN, D. A perspective on Judgment and Choice: Mapping Bounded Rationality. American Psychologist, v. 58, n. 9, p. 697-720, september, 2003.
KLEIN, D. A. A gestão estratégica do capital intelectual. Rio de Janeiro: Quality mark, 1998.
KRUEGER, N. R. What lies beneath? The experiential essence of entrepreneurial thinking. Entrepreneurship Theory and Practice, p.123-138, 2007.
LE BOTERF, G. Desenvolvendo a competência dos profissionais. Porto Alegre: Artmed, 2003.
LEHRER, J. How we decide. New York: HMH, 2009.
LEITÃO, S. P. A decisão na academia. Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro, v. 27, n. 1, p. 69-86, jan./mar. 1993.
MACHADO-DA-SILVA, C. L.; FONSECA, V. D. S.; FERNANDES, B. H. R. Cognição e institucionalização na dinâmica da mudança em organizações. In: RODRIGUES, S. B.; CALDAS, M. P. (Eds.). Novas perspectivas na administração de empresas: uma coletânea luso-brasileira. São Paulo: Iglu Editora, p. 124-150, 2001.
MARCHISOTTI, G. G.; ALMEIDA, R. L.; DOMINGOS, M. L. C. Decision-making at the first management level: The interference of the organizational culture. Revista de Administração Mackenzie. Vol. 19 Issue 3, p1-26. 26p, 2018. Disponível em:
http://web.a.ebscohost.com/ehost/detail/detail?vid=13&sid=7caf45ed-95ca-4a1d-927d-439a6323cf01%40sessionmgr4006&bdata=Jmxhbmc9cHQtYnImc2l0ZT1laG9zdC1saXZl#AN=131239079&db=foh. Acesso em 27.12.2020.
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2004
MELLO, R. B.; MARCON, R. A mensuração multivariada da performance e suas componentes de variância: uma análise dos efeitos do ano, indústria e firma no contexto brasileiro. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, 28. Curitiba, 2004. Anais... Curitiba: ANPAD, 2004.
McCLELLAND, D. C. Achievement Motivation Can Be Developed. Harvard Business Review, v. 43, p. 68, nov. Dec. 1965.
McCLELLAND D. C. A sociedade competitiva. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1972.
MIORANZA, G. Modelos mentais dos empreendedores e sua relação como o desempenho organizacional: um estudo no setor metalmecânico de Caxias do Sul. 2012. 123 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Caxias do Sul, Programa de Pós-Graduação em Administração. Caxias do Sul, 2012.
MITCHELL, R. K. et al. Toward a theory of entrepreneurial cognition: Rethinking the people side of entrepreneurship research. Entrepreneurship Theory and Practice, v.27, n.2, p.93–104, 2002
MITHAS, S.; RAMASUBBU, N.; SAMBAMURTHY, V. “How Information Management Capability Influences Firm Performance,” MIS Quarterly (35:1), pp. 237-256, 2011.
MOTTA, P. R. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996.
NECK, H.; GREENE, P. Entrepreneurship education: known worlds and new frontiers. Journal of Small Business Management, v.49, n.1, p.55-70, 2011.
PETERSON, K.; FLOYD, N.; FERGUSON, L.; CHRISTENSEN, V.; HELFAND, M. User survey finds rapid evidence reviews increased uptake of evidence by Veterans Health Administration leadership to inform fast-paced health-system decision-making. Systematic Reviews; Vol. 5, London, UK (2016). Disponível em: https://www.proquest.com/scholarly-journals/user-survey-finds-rapid-evidence-reviews/docview/2132407710/se-2?accountid=34749. Acesso em 27.12.2020.
POLIT, D. F.; HUNGLER, B. P. - Fundamentos de pesquisa em enfermagem. 3. ed., porto Alegre, Artes Médicas, 1995. 391p. PORTER, M. E. Vantagem competitiva – Criando e sustentando um desempenho superior. Ed. Campus 25º Edição. 1985, p.03; 2001.
SADLER-SMITH, E.; SPARROW, P. R. Intuition in organizational decision making. In the Oxford handbook of organizational decision making, ed. G. P. Hodgkinson, and W. H. Starbuck, 305-324. 2007 - New York: Oxford University Press. 2008.
SALUSSE, M. A. Y. O Ensino de Empreendedorismo com o Fundamento na Teoria Effectuation. Repositório Digital FGV, 2014. Disponível em:
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/11571 Acesso em: abr. 2020.
SANDERS, P. Phenomenology: a new way of viewing organizational research. Academy of management review, v.7, n.3, p.353-360, 1982.
SANTOS C. M.; PAIXÃO, A. R. Revista Empreendedor - Study of the entrepreneurial profile of undergraduate students in graduate management education institutions in Jundiaí - “Perfil empreendedor” - 2007. www.numerabilis.cnt.br/empresa/perfil_do_empreendedor Disponível em:
http://www.spell.org.br/documentos/ver/36675/estudo-do-perfil-empreendedor-do-aluno-de-graduacao-em-administracao-egresso-de-instituicoes-de-ensino-da-regiao-de-jundiai/en Acesso: 01.nov.18.
SCHEIN, E. H. Cultura organizacional e liderança. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
SCHWARTZ, B. The Paradox of Choice: Why More Is Less. [S.l.]: Harper Perennial, 2005.
SCOTT, S. G.; BRUCE, R. A. Decision-making style: The development and assessment of a new measure. Educational and Psychological Measurement, v. 55, p.818–831, 1995.
SHANE, S. A. Reflections on the 2010 AMR Decade Award: Delivering on the Promise of Entrepreneurship as a Field of Research. Academy of Management Review, v. 17, n. 1, p. 10-20, Jan. 2012.
SENGE, P. M. A quinta disciplina: arte e prática da organização de aprendizagem. São Paulo: Best Seller, 1990.
SENGE, P. A quinta disciplina. 28.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Best Seller, 2012.
SILVA, A.B. A fenomenologia como método de pesquisa em estudos organizacionais. In: GODOI, C.K.; BANDEIRA-DE-MELLO, R.B.; SILVA, A.B. (Org.). Pesquisa Qualitativa em Estudos Organizacionais. São Paulo: Saraiva, p.267-297, 2006.
SIMON, H. A. A Capacidade de Decisão e de Liderança. Rio de Janeiro: USAID, 1963. Comportamento Administrativo: Estudo dos Processos Decisórios nas Organizações Administrativas. Rio de Janeiro: FGV, 1965.
SIMON, H. A. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. Rio de Janeiro: FGV, 1965.
SIMON, H. A. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. 3. ed. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 1979a. 278p. Rational decision making in business organizations. The American Economic Review. p. 493-513, set. 1979b. A razão das coisas humanas. Lisboa: Gradiva, 1989.
STANCZYK, A.; FOERSTL, K.; BUSSE, C.; BLOME, C. Global Sourcing Decision-Making Processes: Politics, Intuition, and Procedural Rationality. Journal of Business Logistics. Vol. 36 Issue 2, p160-181. 22p. Oxford, UK. jun. 2015. Disponível em:
http://web.a.ebscohost.com/ehost/detail/detail?vid=9&sid=7caf45ed-95ca-4a1d-927d-439a6323cf01%40sessionmgr4006&bdata=Jmxhbmc9cHQtYnImc2l0ZT1laG9zdC1saXZl#AN=103288554&db=bsh. Acesso em 27.12.2020.
TACHIZAWA, T. Contabilidade gerencial na era da sustentabilidade. 2ª. Edição. Editora Faccamp. Pp. 541. Campo Limpo Paulista. 2019.
TACHIZAWA, T. Criação de novos negócios: testão de micro e pequenas empresas. Editora Fundação Getúlio Vargas. Pp. 181-220. Rio, RJ. 2018.
TACHIZAWA, T. Legislação das Micro e Pequenas Empresas. Série Sustentabilidade e Gestão Empresarial, Campo Limpo Paulista. 2ª. Edição. Editora Faccamp. Pp. 58-422-442-453-486. Campo Limpo Paulista. 2019.
VAN MANEN, M. Researching lived experience: Human science for an action sensitive pedagogy. State University of New York Press, Albany, 1990.
VENKATARAMAN, S. et al. Reflections on the 2010 AMR Decade Award: Whither the Promise? Moving Forward with Entrepreneurship as a Science of the Artificial. Academy of Management Review, v.37, n.1, p.21-33, jan. 2012.
VERGARA, Sylvia C. Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2013.
WOICESHYN, J. Lessons from “Good Minds”: How CEOs Use Intuition, Analysis and Guiding Principles to Make Strategic Decisions. Long Range Planning 42, 298-319, 2009.